terça-feira, 9 de junho de 2015

O caso da maquete do quarto

Eu sou péssima em artes. Não desenho, pinto ou faço esculturas bem.
Sou bem inteligente e de raciocionio rápido mas quase reprovei em geografia na 6ª série porque as notas eram sobre os mapas que tinhamos que fazer.

Eis que na escola nova do Bruno eles adoooram passar trabalhos para os pais fazerem juntos com os filhos. Detesto isso. Poxa além de avaliar o meu filho querem avaliar minha família toda? Ou seja, além do bulling de "você não sabe lá lá lá" agora as crianças tem que ouvir " sua ae não sabe lálálá"?

A última atividade foi fazer em conjunto pais e crianças a maquete do quarto. Atividade para ser feita com sucata durante o feriado.
Como o Bruno estava com saudade dos avós, a prioridade foi ele ir para São Paulo (sim sim sou uma mãe de merda).
Fizemos a maquete juntos hoje de manhã. Admito que foi legal. E ele deu duas ideias bem bacanas (abrir o nesquik para fazer as portas do quarda roupa e usar os canudos dos sucos para fazer a TV) e teve uma noção bem bacana de como as coisas ficavam no seu quarto.
O quarto dele é bem simples: cama no meio de dois baus, quarda roupa e uma TV. Foi fácil. E ele ficou orgulhoso do que fez. E lá foi ele todo feliz com a sua maquete.
Bom... os colegas não gostaram da maquete. E ele chorou me contando isso. Eu o abracei bem forte e disse que o que fizemos em pouco tempo foi ótimo mas que na próxima vez nos esforçaríamos mais.
E ele foi jogar bola.

É díficil para ele não ser bom em alguma coisa. Para mim é difícil ele não ser bom em alguma coisa.
Ótimas notas na escola, excelente esportista e grande amigo.
Como lidar com aquilo que não é tão bom? Se esforçar mais?

Claro que esse episódio teve uma parcela muito grande de culpa minha.
Eu poderia ter pelo menos iniciado a tarefa antes dele ir a São Paulo. Apesar do quarto dele ser simples a maquete não precisava. Afinal, se era para os pais ajudarem era um sinal que tinha que ser algo maravilhoso.
E eu não sou nada caprichosa. Minha casa é limpa, me esforço na cozinha mas, como já contei recentemente não sou nada prendada. 
Eu achei que a maquete ficou boa. Uma nota 7 talvez. Ele estava muito satisfeito. Estava orgulhoso do que tinha feito. E foi ruim para ele ver que não teve reconhecimento.

As lições aprendidas:
- Fazer as tarefas com mais antecedência.
- Pensar que trabalhos artísticos não são realistas e sim artísticos

Doí muito ver seu filho triste. Doí ainda mais quando você sabe que teve culpa nisso.

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