quinta-feira, 11 de junho de 2015

Escola: Um espaço público ou privado?

Eu continuo na linha Carolina Paz e Amor e não pretendo entrar em nenhuma briga.
O que eu quero mesmo com esse texto é refletir, porque ainda não cheguei a conclusão alguma.

No dia 9 de junho, lí no facebook a seguinte pergunta de uma mãe natureba: Se eu não coloco leite condensado na salada de fruta da minha filha e a escola dela pede para a tareda de fazer uma salada de frutas em sala que o ingrediente que ela deve trazer é leite condensado, o que faço?

A postagem teve 479 comentários com uma maioria esmagadora além de revoltada com o fato, indicando que a mãe deveria trocar de escola.
No entanto, muitas mães apontaram que 1- nem sempre é viável mudar de escola 2- a escola é espaço público (seja uma escola privada ou não) e que a mãe tinha direito e obrigação de dar piti e exigir que a escola tenha uma alimentação exemplar.

Eu como salada de frutas com leite condensado. E muito leite condensado. Bom eu bebo leite condensado no gargalo. Mas não gosto da ideia da escola fazer uma salada de frutas com esse ingrediente.
Por que o objetivo da tarefa é fazer com que as crianças experimentem sabores de frutas. Acho que uma verdadeira atividade a esse respeito é pegar várias frutas e fazer os pimpolhos comerem. Grande coisa o aluna experimentar jaca com leite condensado. Ela vai sair da atividade sabendo o sabor da jaca?

Eu conversaria com a professora. E dependendo da resposta mandaria ou não o leite condensado.
Nunca daria um piti. Afinal se eu não concordo com a filosofia da escola, eu tiro.
Mas as mães que colocaram que temos sim que brigar para o coletivo de crianças não sejam expostos a uma alimentação ruim. Temos que brigar sim toda vez que oferecem um lanche condenável.
Que é egoísmo pensar "se não está bom para o meu filho eu mudo ele".

Qual é o nosso real papel de pais dentro da escola? Assegurar o melhor para o nosso filho ou melhor para todas aquelas crianças?

Na primeira escola do Bruno levei bronca da diretora e da professora porque meu filho só levava lanche saudavel. Que todas as crianças comiam salgadinhos e isso podia fazer mal para a auto estima dele. Eu perguntei: o que acontece com o lanche dele? Ahhh ele come sim mas sempre belisca o salgainho de algum amigo.
Eu tinha duas alternativas: Ou entrava em briga e exigia que a direção proibisse porcarias na lancheira ou trocava de escola. Como além dessa questão eu não estava satisfeita com a parte pedagógica resolvi mudar. E foi ótimo. A escola fornecia o lanche, cheio de frutas e suco natural. As sextas era liberado que cada um levasse o que queria mas nunca houve nada catastrófico.

Hoje o Bruno tem que levar lanche todos os dias. A lancheira dele não é xiita. Uma mãe natureba ia cair dura. Mas é pouco, é só um lanche e em casa ele tem sim uma alimentação bem boa. Ele tem 7 anos e já tem seus gostos.
Não gosta de refrigerante, por exemplo. Não pede salgadinho. Sua perdição é doce. A salada de fruta dele pode ou não ter leite condensado. Ele prefere com mas se não tem come sem problema.

Mas voltando a questão da escola... Talvez o que mais tenha me incomodado com essa questão é a palavra piti. Eu ia odiar que uma mãe enfiasse o dedo na minha cara e ordenasse o que meu filho pode ou não levar de lanche.
Acho que a escola tem que ser um espaço para debater ideias. Não de brigas.
Mas tem coisas que só conseguimos no grito. E ai como faz?

Enfim... São apenas as minhas divagações sobre a maternidade...




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