segunda-feira, 15 de junho de 2015

Ser tia é

Eu não sou daquelas que se intitula tia para todas as crianças.
Como professora sempre odiei esse apelido e sempre pedi que me chamassem de Carol.

Um dia meu irmão me convidou para ir jantar com a namorada dele e a filha dela.
Eu já conhecia a tal namorada. Bacana, inteligente.
Ele não era me de apresentar namoradas, conhecer a Lu já tinha sido um grande passo e bem, lá ia eu agora conhecer a filha da Lu.

Sabe quando te dão um bebê no colo e seu pensamento é: Meu Deus não posso deixar cair, tenho que tomar cuidado com a cabeça e por favor neném não chore!!!
Conhecer a Bia foi mais ou menos assim com a diferença que ela não era um bebê era uma menina de 8 anos. E por estar me sentindo assim não puxei assunto (e se ela me achar boba, se eu falar bobagem, do que crianças de 8 anos conversam???).
Ela puxou o assunto. Estávamos sentadas lado a lado no carro e ela perguntou alguma coisa, eu respondi e assim fomos conversando.
Na hora da despedida eu a abracei e disse: a tia adorou te conhecer. E diferente de um bebê que quando você diz isso ele simplesmente não chorar, gritar ou fazer cocô em você é um alívio, a menina de 8 anos sorriu e disse também adorei você.
Pronto! Apaixonei.

Meu irmão casou com a Lu pouco tempo depois e virei tia oficialmente.
E se a Bia fosse meu sangue não seria tão parecida comigo.
Geminiana, inteligente, desligada, dorminhoca, ama filmes e fotografia.

Ontem foi aniversário dessa moça linda, que eu não vi nascer e perdi muitas coisas mas, que agora estou acompanhando de perto crescer e se tornar uma jovem que me diverte e orgulha.
Eu não pude estar perto, fiquei com o coração partido. As vezes a vida no interior não é tão legal.

Bia minha linda, tenho certeza que a Mariana vai te amar muito e você será um grande referência para ela.  

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