Meu maior fã.

Eu comecei a fazer aulas de direção assim que fiz 18 anos. Acordei naquele 24 de maio e fiz minha primeira aula. Sempre gostei muito de dirigir, desde aquele dia. Eu adorava fazer aulas, ficar passeando por aquele bairro tão gostoso (fiz aula em Moema) de carro. E para minha alegria passei no primeiro exame que eu fiz.

No entanto, quem me conhece, sabe que sou avoada. Ou seja, ninguém quis me emprestar carro. Minha mãe disse que se eu passasse na USP ganharia um carro. Eis que não passei. Namorado dirigia o carro dos pais e achava imprudente dar um carro que não era dele para outra pessoa dirigir.

Resumindo, quase 12 anos sem pegar em carro.

Semana passada voltei para auto escola. Peguei um instrutora super fofa e calma. A sensação boa estava de volta.

Depois de várias propagandas de como eu estava indo bem, o Eduardo deixou eu pegar o carro.
Fomos dar uma volta pelo bairro, com o Bruno no banco de traz devidamente instalado em suia cadeirinha.
Foi horrível!!!!
Sabe aqueles erros que cometemos na primeira vez que pegamos o carro? Cometi todos!

Ao chegar no local de destino, parei o carro e chorei. Foi de tristeza, decepção, vergonha.
Não consegui voltar para casa.

E para minha surpresa o Bruno não gostou dessa atitude. Disse que eu tinha ido bem e que precisa treinar.
Ele disse que eu precisa treinar, treinar, treinar mas que tinha gostado de andar comigo.
Perguntei se eu podia começar a levar ele na escola e ele disse que sim.
Ai que eu chorei né?

Olhar para aquela criaturinha e ver o quanto ele confia em mim, me emociona demais.

Sempre se fala muito de amor de mãe. Mas amor de filho tão é tão grande, tão especial.
Quase uma adoração.

Filho briga, faz manha e birra. Mas ama. Confia.

Sempre lembramos do que fazemos por eles.
Mas eles também fazem muito por nós.