terça-feira, 16 de outubro de 2012

Blogagem Coletiva: Trabalho Infantil

Eu adoro blogagem coletiva, todas nós falando sobre um único tema, agregando idéias.

Esse tema proposto é ótimo. Sempre achei o trabalho infantil um absurdo mas depois que virei mãe, assustos ligados a maus tratos na infância me dão verdadeiro pavor.

Em primeiro lugar temos que pensar o que é trabalho infantil? É só o menino da roça que não vai a escola? Os costureiros da Zara? Será que é trabalho infantil seu filho tão amado e bem cuidado fazer propaganda? Será que é trabalho infantil seu filho arrumar o própio quarto e lavar a louça e só depois poder brincar? Mas será?

Eu fui criada em uma família de batalhadores nordestinos. Meus avós eram analfabetos e seus filhos estudaram só para ler, escrever e fazer conta. Só minha mãe estudou até o ensino médio. E seus irmãos se perguntam se não foi falta de catar caranguejo no mangue que fez ela virar boêmia. Ou seja na minha família sempre houve trabalho infantil. Minha tia mais velha foi babá dos 8 aos 18 anos de idade de uma família rica em Natal nunca recebeu mais do que comida, teto e educação religiosa. Minhas outras tias sairam da escola uma para cuidar da casa e dos irmãos, outra para lavar roupa para fora...

E como ficou eu e meus primos? A primeira geração não estudou. A segunda (nessa eu me incluo) chegou a faculdade. Nunca ajudamos em casa. Quer dizer, quando estava na adolescência, minha tia que me criou ficou muito doente e ai fiz de tudo para ajuda-la ( isso é tema para um outro post).

Enfim, falei, falei, falei, para dizer que: não sei. Não deixaria meu filho perder aula, ou mesmo ficar até tarde da noite para fazer um comercial. Eu peço ajuda dele em casa, tipo vai me dando a roupa que vou colocando no varal, guarde as suas roupas, mas se ele não faz não é motivo para castigo.

A preferência é sempre a brincadeira, o lúdico. Então se a menina se diverte fazendo novela pode?

Não sei. Mas eu apoio #semtrabalhoinfantil.


Um comentário:

  1. Obrigada por sua participação e super apoio à campanha "É da nossa conta! Trabalho infantil e adolescente" e por ter colocado esta questão que considero fundamental:
    "A preferência é sempre a brincadeira, o lúdico. Então se a menina se diverte fazendo novela pode? Não sei. Mas eu apoio #semtrabalhoinfantil."
    Independente das escolhas (e na blogagem tivemos mães cujos filhos são modelos mirins), o que importa e tratarmos do assunto. Começa realmente com cada um de nós, trazendo o assunto à tona e tirando-o da invisibilidade.

    P.S. Eu tb peço ajuda dos meninos em casa!

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