Essa foi a primeira viajem sem o Bruno. Desde que ele nasceu, fora umas saídas para jantar e/ou cinema, sempre arrastamos ele. Nunca fiquei mais que 48hs longe dele. E quando isso acontecia parecia que faltava um pedaço de mim. Só que decidimos viajar sozinhos. Sem amigos, sem Bruno. Nossa primeira viajem, só nós dois, em 12 anos juntos . (é gente, eu não tive lua de mel, isso fica para outro post).
Foi bem legal. Namorar, conversar de outras coisas que não sejam do cotidiano familiar. Mas vira e mexe rolava: devíamos ter trazido ele...
Conversar com o Bruno antes de ir foi bem complicado. Ele fazia a cara mais linda do mundo e pedia para ir. Expliquei várias vezes que era uma coisa só de adultos e assim que voltássemos, nós três passaríamos uma semana toda se divertindo junto. Só no dia de ir embora que ele ficou bem. Deu tchau, abraçou, deu beijo e prometeu se comportar. Quase chorei com a situação.
Foram 4 dias. Longe e sem comunicação. Não conseguimos de jeito nenhum falar com ele. A viajem estava ótima mas o coração estava doendo. Cada vez que eu via uma criança dava um nó!
Ainda não falei com ele por que ele está na escola e eu não quis atrapalhar a rotina dele. Cheguei em casa, desfiz a mala, coloquei as roupas sujas para lavar. E agora estou aqui. Contando os minutos para as cinco horas.
Estou morrendo de saudade do cheiro, da voz, da risada, da cara de bravo...
Eu fico pensando se ele vai fazer festa quando me ver. Se vai correr e me dar um abraço. Sim , eu sou carente e insegura até com meu filho.
Os avós falaram que ele ficou ótimo, não chorou nem fez manha. Perguntava se íamos demorar muito mas só. Maduro esse menino não?
Para quem nunca viajou só com o marido após ter filho, eu recomendo. Mas aviso: parece que falta uma parte. A nossa melhor parte.
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